terça-feira, 30 de julho de 2013

Sarau da Casa Amarela com João Caetano - Texto de Gilberto Braz


Um Caleidoscópio feito em palavras

Poema quando é bom, daqueles muito bons mesmo, a
gente sente nos pelos do braço. A poesia de João
Caetano do Nascimento é populada com poemas desta
espécie. Poemas vivos, que encantam, que revelam,
incomodam, que calam e emocionam. Poemas que ele
desfiou ao microfone do Sarau da Casa Amarela no
domingo, 14 de julho. E não foi fácil segurar a emoção
com a intensidade e densidade das palavras, dos versos
encadeados em ritmo envolvente: uma magia de
sucessivos encantamentos que nos deixou a todos, Akira
Yamasaki, Inês Santos, Arnaldo B. Rosário, Eder Lima ,
Ligia Regina, Gildo Passos, Ronaldo Ferro Ferro,
Veronica Lopes, e demais presentes como que paralisados
diante da sucessão de imagens que transbordando em cada
estrofe nos remetia a todos os tempos: passado, presente,
futuro, num mergulho interior rumo ao que é essencial.
Fascinados nós estávamos por um caleidoscópio chamado
João Caetano do Nascimento.

Gilberto Braz - 15/07/2013.

Sarau da Casa Amarela com João Caetano - Texto de Luka Magalhães


João Caetano do Nascimento, poeta e tímido, com uma
obra repleta de memórias, conseguiu ser reencontrado e
proporcionou uma tarde emocionante para um grupo de
privilegiados no Sarau da Casa Amarela. 
Privilegiados sim, pois o sentimento nas poesias de João
Caetano aflorou emoções antes escondidas ou esquecidas
pelo tempo. Tivemos um review dos ideais do MPA, a
recordação daqueles que já partiram e ...as amizades que
sempre existiram, mesmo que à distância. 
Uma frase de João Caetano foi o êxtase ao Sarau, quando
ele relembrou do período de transição entre a ditadura e a
democracia de hoje dizendo: “Acreditamos que iríamos
fazer a revolução em uma semana. Melhor que seja até
sexta-feira, para podermos descansar no final de semana”. 
Mesmo em um período conturbado, era possível se fazer
rir, com frases simples. 
Foi ao mesmo tempo, aula de poesia, de história, de
política e de amizades que se perpetuaram no tempo. 
Se “recordar é viver”, tivemos uma vida eterna no Sarau
da Casa Amarela.
Luka Magalhães - 15/07/2013.

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