Texto de Akira Yamasaki
armado até os dentes com sua poesia grandiosa eafiada de grosso calibre, gilberto braz veio ontem,21/04/2013, ao sarau da casa amarela disposto aindagar, provocar e inquietar, e não deixou pedrasobre pedra no chão das nossas pobres convicçõessobre criação poética e literária.
imagens e imaginações poderosas, assim escobarfranelas definiu a certa altura do evento a fala degilberto braz que lembrou a sua infância pobre emsão miguel paulista, falou seus primeiros poemasque fez ainda na escola primária para a primeiranamoradinha platônica, que se eram ingênuos játraziam cicatrizadas em sua simplicidade as digitaisdo grande poeta que surgiria com os anos.
falou de um fato em sua adolescência que teveinfluência decisiva e mudou radicalmente a formae conteúdo da sua poesia: os cadernos de poesiado movimento popular de arte, o mpa, que traziauma linguagem sintonizada com a realizada vividana época e o fez abrir os olhos para a poesia comoinstrumento de reflexão e interferência no social,lembrança que me pegou de surpresa e quase mefez chorar de emoção porque eu era um dos carasque organizavam os cadernos do mpa que eramimpressos no mimeógrafo emprestado da gráficaclandestina do pc do b.
e por último gilberto braz falou seus poemas maisrecentes que ele diz que são poemas interminadosporque estão sujeitos à velocidade, imediatismo eonlinidade do fenômeno facebook e enquanto elerespondia às últimas perguntas da galera presenteao evento fiquei cá pensando que todos nós quetambém participamos do sarau de ontem cantando,declamando outros e alguns ainda representando,não passávamos de meros coadjuvantes de gilbertobraz, grande poeta de olhar aguçado e poesia afiada.eu, luka magalhães, lígia regina, éder lima, ronaldoferro, betinho rios, escobar franelas, jose carlosguerreiro e a exposição de fotos sobre são miguel defrancisco xavier, alexandre d’lou e vanderson atalaia,todos nós não passávamos de meros coadjuvantesda poesia maior de gilberto braz.akira – 22/04/2013.
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